sexta-feira, 30 de novembro de 2012

 curiosidades do mundo da música               

Não são apenas os animes, séries e filmes que possuem “curiosidades curiosas” que podem ser contadas. Um dos assuntos que praticamente agrada a todos também tem: a música.
Em seu mundo, já nos deparamos com diversos fatos que vão desde o surpreendente e impressionante até o bizarro e engraçado. E que tal conhecer, alguns desses fatos? E se já conhece, não custa nada relembra-los.
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Música mais longa: As Slow As Possible (Tão Lento Quanto Possível)
Composta por John Cage, as três primeiras notas dessa música duraram 18 meses e atualmente ela ainda vem tocando. Em Halberstadt na Alemanha, inicialmente era para ser uma peça de piano que duraria cerca de 20 minutos.
Tocada através de um órgão, vem sendo executada desde 05 de setembro de 2001, seus organizadores esperam que ela dure exatamente 639 anos. Lembrando que essa idéia não foi de John Cage já que falecera em 1992, mas sim de um grupo de filósofos e músicos que queriam levar o título da música a sério.

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Álbum mais vendido: Thriller (Michael Jackson)
Com vendas entre 110 e 170 milhões de cópias (estimativa de diversas fontes), Michael lançou o álbum em 1983 e mesmo após a sua morte continua vendendo. Os álbuns “Their Greatest Hits 1971-1975” de 1976 da banda Eagles (42 milhões de cópias*) e “Led Zeppelin IV” de 1971, da banda Led Zeppelin (37 milhões de cópias*) ocupam a segunda e terceira colocação, respectivamente.
*Estimativas

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Música mais cantada: Happy birthday to you
Pode parecer brincadeira, mas não é. Originalmente americana e cantada em mais de 20 idiomas, foi criada em 1875 com nome “Good Morning To All”, mas em 1924 uma editora usou sua melodia e criou uma nova letra, que era muito fácil de decorar: quatro versos com apenas “Happy birthday to you”. Anos depois quando foi cantada em uma peça de teatro, a música se espalhou pelo mundo. Em 1942, o cantor Henrique Foréis Domingues promoveu um concurso para a versão brasileira dessa música. A vencedora? Bertha Celeste Homem de Mello, traduzindo a canção para “Parabéns a você

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Artistas mais premiados: Michael Jackson e Whitney Houston
O segundo lugar fica com a cantora da famosa canção “I Will Always Love You” que, segundo o Guinness World Records, conquistou dois prêmios Emmy, seis prêmios Grammy, 30 Billboard Music Awards, 22 American Music Awards, num um total de 415 prêmios conquistados em sua carreira até 2010. Quanto ao Rei do Pop, Michael recebeu centenas de prêmios, que fizeram dele o artista mais premiado da história da música popular com vendas que superam as 750 milhões de unidades mundialmente.

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Música mais depressiva: Everybody Hurts (REM)

No início desse ano, saiu uma pesquisa em que a música “Everybody Hurts” era a mais triste dos últimos tempos. Praticamente feita para quem se sente solitário, cansado, infeliz, abatido… Já não bastasse isso, tem um arranjo triste para “melhorar” a sensação.
Um estudo mostra que músicas “tristes” fazem sete a cada dez homens chorarem e 91% das mulheres admitiram ter chorado ao ouvir uma música nesse estilo.

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Pior composição: Life (Des’ree)
Em 2007 segundo a “6 Music” da BBC, Life, da cantora Desiree Weeks (Des’ree), foi escolhida a pior letra que uma canção poderia ter. Baseava-se numa votação em que os ouvintes opinavam sobre qual composição era a pior. Um trecho da música (traduzida):
"Não quero ver um fantasma / É a visão de que eu mais tenho medo./ Eu preferia pegar um pedaço de torrada / Assistir as notícias da noite.”

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Pior música: Friday (Rebecca Black)
Além dos “comuns ouvintes”, vários críticos declararam que essa era a pior música de todos os tempos. Mas antes dela surgir, a revista norte-americana Blender mostrou que a pior era “We Built This” (Starship). O vídeo de “Friday” já passava 38 milhões de visualizações no You Tube, mas a maioria dos comentários ridicularizava a canção. Infelizmente (ou felizmente) o primeiro vídeo, que no caso é o original, foi removido. Para Lady Gaga, Rebecca é “um gênio".

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Melhor música: Like a Rolling Stone (Bob Dylan)
Em 2004, segundo a revista “Rolling Stone”, essa música foi eleita a melhor de todos os tempos. Composta pelo próprio cantor foi lançada no ano de 1965. De acordo com a revista “nenhuma outra canção pop confrontou e transformou tão completamente as regras comerciais e as convenções artísticas da sua época". Foi interpretada por outros artistas, como Jimi Hendrix, Bob Marley e The Rolling Stones…

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Música mais regravada: “Ai se eu te pego” (Michel Teló) ?????
Antes de qualquer coisa, é brincadeira. Por inúmeras versões que existem dessa música, não é a mais regravada
Brincadeiras a parte, até hoje não existe um consenso sobre a situação. Oficialmente, “Yesterday” de Paul McCartney é considerada a mais regravada com 6 mil versões diferentes. Mas quem diga que seja “Imagine” de John Lennon ou ainda “Feelings” do brasileiro Morris Albert.
Depois de saber sobre isso, queremos suas opiniões sobre os tópicos deste post. Qual é a melhor música? Qual você mais cantou? E a pior letra?

  

quinta-feira, 29 de novembro de 2012



orquestra da scar



Partes do Violoncello(cello)




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>>> Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741): <<<

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Nasceu na carnavalesca Veneza a 4 de março de 1678. Não poderia ser diferente: a cidade italiana - emblematizada por máscaras coloridas, gôndolas românticas e canais melancólicos - influenciou sua obra. Filho de Giovanni Batista, Vivaldi ouviu os primeiros sons de Violino em casa. Seu pai, um músico que tocava na basílica de São Marcos, lhe ensinou os principais segredos das quatro cordas do instrumento que o imortalizaria como um dos principais gênios da música.
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A sensibilidade de Vivaldi levou-o a preocupar-se com as coisas da alma e a optar pelo sacerdócio, como forma de se realizar. Estudou em seminários, onde também se dedicou à música. Ordenou-se padre em 1703, mas sua arte não estava em rezar missas. Pesou contra o ‘padre ruivo’ a acusação da Igreja de se ter deixado envolver, sentimentalmente, com uma de suas alunas de Violino. Enfrentou as autoridades eclesiais o quanto pôde, mas acabou desistindo da carreira. Para afastar-se do ofício, alegou problemas de saúde. Há registros de que sofria com fortes dores no peito, possivelmente provocadas por asma ou angina.
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A partir de 1704, longe da batina, Vivaldi foi regente no conservatório de Ospedale della Pietà, um dos quatro grandes orfanatos para meninas, na cidade de Veneza que serviam, também, como escolas de música. Ali conheceu a moça por quem se apaixonou. Era Anna Giraud, inspiradora de suas óperas e tormenta de todos os seus dias, até a morte. Vivaldi passou a compor com intensidade. No conservatório de Ospedale permaneceu durante três anos. Mais tarde, voltou a trabalhar neste mesmo local, no cargo de maestro de concerto.
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Seu mestre em composição continuava sendo o notável Giovanni Legrenzi, maestro da Capela Ducale. Os concertos para violino são os mais importantes dentro do magnífico catálogo que reúne suas obras.
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Mas experimentou escrever também para diferentes e excêntricos instrumentos, incluindo o bandolim, sempre com muita docilidade.
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Nunca mais conseguiu se desligar do Pietà. Mesmo estando fora da terra natal, enviava todos os meses, pelo correio, dois novos concertos para ser interpretados pelas meninas. Repetiu tal rotina durante trinta anos. Como sua capacidade de criação não se limitava a cumprir o compromisso assumido com o conservatório, escreveu além da encomenda.
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Da sua lista de composições fazem parte 550 concertos, 350 para instrumentos solo (mais de 230 para Violino). Há ainda 40 concertos duplos, mais de 30 para solistas múltiplos e perto de 60 para orquestra sem solo, 46 óperas, 23 sinfonias.
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A mais popular obra de Vivaldi é, certamente, As quatro estações. Na verdade, elas fazem parte de 12 concertos denominados O diálogo entre a harmonia e a criatividade. Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos, como a primavera, o verão, o outono e o inverno retratados em As quatro estações. Vivaldi escreveu também uma grande quantidade de obras sacras, entre elas a célebre Glória, especialmente composto para o casamento do rei Luiz XV. Dedicava-se com extrema paixão tanto à música sacra quanto à profana.
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Continuava a escandalizar ao lado de Anna Giraud, cantora e ex-aluna, com quem viajava para as apresentações. Vivaldi acabou abandonando a preconceituosa Veneza, transferindo-se para Roma, Amsterdã e Viena, onde morreu a 28 de julho de 1741, aos 63 anos.
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Não se conhece bem a biografia de Vivaldi. Em compensação, correram muitas anedotas. Por causa de seus cabelos ruivos, Vivaldi teria sido apelidado ‘o padre ruivo’. Teria sido suspenso das funções sacerdotais por abandonar o altar durante a missa para notar, na sacristia, uma bela melodia que lhe ocorrera.
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Essas e outras anedotas são sinais da grande fama que Vivaldi gozava em vida; mas logo depois de sua morte ele e suas obras foram totalmente esquecidos. Pois Vivaldi foi principalmente compositor instrumental, e em seu tempo a Itália já quis ouvir só óperas.
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Esse esquecimento durou cerca de duzentos anos. Sua redescoberta, por volta de 1940, deve-se a alguns musicólogos, sobretudo Marc Pincherle. A divulgação é devida ao conjunto romano I Virtuosi, dirigido por Renato Fasano, e especialmente ao discos. Vivaldi voltou a ser um dos compositores mais tocados, gozando mesmo de popularidade. A ousadia e a originalidade do compositor, ficam para sempre na história da música universal.
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Caracterização - Vivaldi foi um dos maiores mestres do concerto grosso. Mas também já escreveu numerosos concertos para um solista com acompanhamento de orquestra de câmara. Em sua época, ainda não se conhecia a forma-sonata. A estrutura dos seus concertos é a mesma dos Concertos de Brandenburgo, de J.S.Bach, sobre o qual Vivaldi exerceu forte influência. Sua riqueza melódica é inesgotável e sua verve rítmica é irresistível. A estrutura polifônica é menos densa que a de J.S.Bach. Vivaldi foi, sem dúvida, compositor de primeira categoria, um dos grandes pioneiros da música instrumental do século XVIII. Contudo, não convém compará-lo a J.S.Bach, o maior gênio universal da música.
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Concertos - Uma das principais obras publicadas de Vivaldi é o Estro armonico (1712), coleção de 12 concertos grossos. Seis desses concertos foram, por J.S.Bach, transcritos para órgão ou cravo, entre eles o n.º 8 em lá menor, o n.º 10 em si menor e o n.º 11 em ré menor, este último uma das mais famosas composições de Vivaldi. Dos concertos da coleção O diálogo entre a harmonia e a criatividade (1720), quatro formam o conjunto As quatro estações. Também são muito conhecidos hoje os 12 concertos grossos da coleção A extravagância, título que cabe ao bom número das obras de Vivaldi, caprichosas e altamente pessoais.
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Dos concertos para solistas cabe mencionar o Concerto para Violino - Per l'Assunta, o Concerto para viola em ré menor, o Concerto para cravo em ré maior - Alla rustica, e muitos concertos para instrumentos de sopro, entre os quais o para oboé em fá maior. Numerosos concertos de Vivaldi ainda não foram publicados. A Biblioteca Nacional de Turim possui grande acervo de obras inéditas do mestre.
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Música vocal - Em Turim também se encontram as partituras de 19 óperas, do belo oratório Juditha triumphans (1716) e sobretudo muita música sacra: merecem menção especial um Magnificat, um Stabat Mater e um poderoso Dixit para cinco solistas, duas orquestras e dois órgãos.
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> O Pintassilgo <
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Apesar do Violino ser o seu instrumento predileto, Vivaldi dedicou vários concertos aos instrumentos de sopro. Entre estes, a flauta gozava da sua mais alta estima, e a ela dedicou várias obras do gênero concertante. Uma das mais célebres é O pintassilgo, concerto incluído numa compilação de seis peças desse tipo.
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De fato, trata-se de um arranjo para solista e orquestra de um concerto de câmara para duas flautas executado pelo próprio Vivaldi. Mas uma vez, o músico veneziano afirmou-se enquanto precursor, pois até então os instrumentos de sopro faziam parte integrante da orquestra, mais ainda não tinham sido objeto de um tratamento específico como solista. Neste sentido, foi o modelo de muitos compositores, sobretudo franceses, como La Barre, Loeillet e Blavet.
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Por outro lado, a obra O pintassilgo (que em italiano é Il Gardellino), é mais um exemplo da grande capacidade do compositor veneziano para ilustrar com a música estímulos ou sensações de caráter extramusical. Neste concerto, abundam os recursos destinados a imitar o canto deste passarinho, tais como escalas e trinos de grande variação, que também constituem um grande desafio para os flautistas mais experientes.
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Convém pensar, por outro lado, que essa dificuldade devia ser muito maior na época de Vivaldi, na medida em que, ao contrário da flauta atual, que possui um complexo sistema de chaves que facilita a tarefa do instrumentista, a flauta barroca possuía apenas duas ou três chaves, o que exigia um esforço e uma perícia invulgares para tocar com a afinação correta.

As partes do violino


                                   BACH 1685-1750
Johan Sebastien Bach fica, para a História da Música, como o maior compositor não só da sua era e do seu estilo, mas com de todos os tempos. Bach nasceu em Eisenach em 1685 numa família de músicos, sendo no entanto somente a partir deste Bach, Johan Sebastien, que o nome se tornaria universalmente famoso.  Aos dez anos Bach fica órfão de pai, passando então a estar sobre a tutela do seu irmão. Com Carl Böhm, em Ohrdruf, Bach estuda cravo, órgão, e os princípios do contraponto, sendo que em 1703 obtém o cargo de organista em Arnstadt, o qual manterá até 1707, quando vai para Muhlhausen. Vai para Weimar (onde compôs as suas melhores obras para órgão e cantatas) em 1708 e em 1716, por não ter sido nomeado Mestre de Capela nesta cidade, Bach resigna ao cargo e vai para a corte de Cöthen. Em Cöthen, onde o príncipe eleitor se interessava muito por música instrumental, Bach compõe as suas melhore obras instrumentais, entre as quais os Concertos Brandeburgueses e as Suites Orquestrais. Também aí compõe o primeiro livro do Cravo Bem Temperado e outras das suas melhores peças para cravo. Em 1723 é nomeado Mestre de Capela em Leipzig, na Igreja de São Tomás. Acontece que com o decrescente interesse pela sua música em Cöthen, Bach desistira do seu posto na corte. E seria em São Tomás que Bach ficaria para o resto da sua vida, compondo lá obras de tanta importância como as Variações Golodberg, a Oratória de Natal ou a Arte da Fuga.
A música de Bach é realmente inspirada por Deus. Ouvindo as suas paixões, a de S. Mateus e a de S. João, apercebemo-nos que para além de um inimaginável esforço e trabalho de Bach, está uma inspiração fora do comum, e que nas obras religiosas adquire uma expressão mais emotiva e liberta. Muita da melhor música de Bach é religiosa, tanto não seja por ter utilizado uma maior parte das suas capacidades na sua composição. O espolio de  cantatas é imenso, e ainda restam as paixões, e a Oratória de Natal.
Mas ainda devemos contar com a música orquestral de Bach, que apesar de ser em menor quantidade, é de igual importância, principalmente os Concertos Brandeburgueses. Como já foi dito, foi em Cöthen que Bach compôs a maior parte deste género de música, e dela constam sonatas, partitas, concertos e aberturas francesas. As sonatas de Bach são das mais belas do barroco, de igual nível das de Corelli, mas a perfeição é atingida nas partitas para violino. Com efeito, Bach é o principal compositor alemão para violino do seu tempo. Na obra concertante, é de se notar que é com Bach que esta forma adquire a sua forma mais perfeita, principalmente no terceiro concerto brandeburguês. Os instrumentos solistas e a orquestra dialogam na maior perfeição, e tudo isto graças à maestria de Bach sobre o contraponto e a sua incansável inventividade melódica e emotividade. A suas aberturas contêm alguns dos mais famosos trechos orquestrais da História da Música, e estão ao nível das paixões ou dos concertos. 
Para o fim da sua vida, Bach comporia menos, e neste período começou a cegar, compondo ainda as Suites para Violoncelo, hoje consideradas como a prova de fogo de qualquer grande intérprete deste instrumento. Cegaria completamente em 1750, e nesse mesmo ano morreria em  Leipzig.
Apesar da sua grande genialidade, só a partir do revivalismo da sua música (em 1825, com a paixão de S. João, dirigida por Shumman) é que este grande compositor se tornou verdadeiramente conhecido.
A sua obra só em 1850 é que começou a ser sistematicamente publicada, e tal não aconteceu em vida, talvez por Bach ter sido o último dos compositores a não se preocupar com o futuro da sua obra.