quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

WOLFGANG AMADEUS MOZART
Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo, na Áustria, em 27 de janeiro de 1756. Batizado como Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart. Posteriormente seu pai mudou 'Wolfgangus' para 'Wolfgang'; '\Theophilus' para 'Amadeus' (amor a Deus); e cortou o 'Johannes Chrysostomus'. Foi um menino prodígio de uma família de músicos, que começou a compor com a idade de cinco anos. Seu pai chamava-se Leopold Mozart, também compositor. Algumas das primeiras obras que Mozart escreveu quando menino foram duas pequenas composições para dois pianos, destinadas a serem interpretadas por ele e seu irmão.
Mozart viveu grande parte de sua vida em Viena, de onde frequentemente viajava por toda a Europa. É considerado um dos maiores gênios da música clássica, e um dos compositores mais populares em concertos sinfônicos no mundo inteiro. Mostrou em muitos de seus trabalhos, que podia escrever peças tão maravilhosas para os instrumentos como para cantores líricos, violino ou piano. Sendo máximo expoente, junto com Haydn do período do classicismo, Mozart é considerado o compositor que iniciou a transição para o período romântico da música clássica.
Suas sinfonias posteriores influenciaram o estilo do período. Beethoven, um dos mais conhecidos compositores, foi influenciado por Mozart e escreveu inspirado sobre algumas das suas obras, em especial o Concerto para piano nº 20. Mozart teve uma memória e uma capacidade de trabalho extraordinárias. Quando criava uma nova obra a tinha por inteiro na cabeça, e então, era só escrevê-la. Numa ocasião compôs uma sinfonia inteira no mesmo dia. Tchaikovsky também admirava Mozart e lhe dedicou sua obra Mozartiana.
Em 1786, compõe a primeira ópera em que contou com a colaboração de Lorenzo da Ponte: As bodas de Fígaro. A ópera fracassa em Viena, mas faz um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebe uma encomenda de uma nova ópera. Esta seria Don Giovanni, considerada por muitos a sua obra-prima. Mais uma vez, a obra não foi bem recebida em Viena. Mozart ainda escreveria Così fan tutte, com libreto de Da Ponte, em 1789 (que seria a última colaboração de Lorenzo da Ponte).
A partir de 1786 sua popularidade começou a diminuir junto do público vienense, o que agravaria a sua condição financeira. Isso não o impediu de continuar compondo obras-primas, como Quintetos de cordas K.515 em Dó maior, K.516 em Sol menor em 1787. Sinfonias: K.543 em Mi bemol maior nº39; K.550 em Sol menor nº40, que a sua música mais importante e famosa; K.551 em Dó maior nº41 em 1788, e um Divertimento para Trio de Cordas: K.563 em 1788, mas nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas financeiros, à precariedade da sua saúde e da sua esposa Constanze; aliados a uma crescente preocupação do compositor em relação à sinceridade do amor que esta o dedicava e à crescente frustração com o não reconhecimento.
Em 1791 compõe suas duas últimas óperas: A Flauta Mágica (Die Zauberflöte) e A Clemência de Tito, seu último concerto para piano: K.595 em si bemol maior e o belo Concerto para clarinete em lá maior K.622. Na primavera desse ano, recebe a encomenda de um Réquiem K.626. Contudo, trabalhando em outros projetos e devido aos problemas com a saúde, a obra ficou inacabada*.
Mozart é provavelmente o maior gênio musical da história. Apesar de ter sido tão brilhante, não teve uma vida fácil. Muitas vezes, não recebeu o pagamento prometido pelo seu trabalho. Gradativamente, sua saúde começou a enfraquecer. Viveu apenas um pouco mais da metade do que Beethoven, mas foi assombrosamente prolífico desde sua infância até sua morte em 1791.
Até hoje existe muita polêmica quanto ao túmulo de Mozart. Na verdade, o túmulo está localizado na Áustria e é motivo de grande visitação por parte de turistas do mundo inteiro.
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* Há uma lenda que diz que o Réquiem estaria sendo composto para tocar em sua própria missa de sétimo dia.

Algumas de suas obras mais populares são:
  • Eine kleine Nachtmusik (Serenata para quarteto de cordas e baixo - Allegro)
  • Rondo Alla Turca (Sonata para piano)
  • Sinfonia n.º 25
  • Sinfonia n.º 40 - Minueto: Allegreto
  • Sinfonia n.º 41, 'Júpiter'
  • Concerto para piano n;º 21, 'Elvira Madigan'
  • Réquiem em Ré menor
  • A Flauta Mágica / Die Zauberflöte
  • Mozart, Concerto para clarinete, KV 622
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  • Página para baixar a maioria das obras de Mozart
  • Partitura de todas as obras do compositor
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    Nota: As obras de Mozart se identificam pelas letras "KV" seguidas de um número. As iniciais significam Köchel Verzeichnis (Catálogo Köchel), já que foi Ludwig von Köchel quem classificou toda a obra de Mozart.

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    Vídeos:
  • Momentos Românticos / Romantische Momente
  • Arte, cultura & glamour / Kunst, Kultur & Glamour
  • Seguindo os passos de Mozart / Auf Mozarts Spuren

  • ~ Mozart faz bem ao coração ~
    Desde 2004, uma experiência realizada no Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, bairro do Rio de Janeiro, tem ajudado a provar que, de fato, a música pode fazer bem ao coração. São pequenas caixas de som, instaladas próximas aos leitos da Unidade Cardio Intensiva Clínica, que tocam música clássica, de Vivaldi a Mozart. Graças a elas, segundo os médicos, tem sobrado calmante na enfermaria da UTI.
    — A idéia surgiu a partir de uma sugestão dos próprios funcionários do hospital, quando perguntados sobre o que poderia melhorar no local — conta a médica Cynthia Karla Magalhães, chefe da unidade.
    De acordo com Cynthia, foi feita então uma seleção musical, com temas clássicos e sons da natureza, que passaram a tocar na UTI desde então.
    — O som só é desligado à noite, depois das 22 h — conta.
    Os resultados, conta ela, foram surpreendentes, e se revelaram benéficos tanto para os pacientes quanto para seus familiares e amigos.
    — Tivemos uma redução de até 40% no uso de calmantes e tranquilizantes na UTI — diz Cynthia. — Foi uma surpresa positiva. Por isso, mantivemos a música no local desde então.
    — Acho que ninguém é totalmente indiferente à música — diz o maestro André Cardoso, diretor da Escola de Música da UFRJ.
    — A pessoa pode ser indiferente a um determinado tipo de música. Acredito que a importância da música na vida de cada um é determinada por uma série de fatores que fazem parte da história de vida das pessoas.
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    Fonte: O Globo – novembro de 2007.

    ~ Música de Mozart ajuda no desenvolvimento de bebês ~
    Meia hora de música por dia é suficiente para diminuir metabolismo do recém-nascido
    Um estudo recente feito por pesquisadores israelenses do Centro Médico Sourasky, na cidade de Tel Aviv, em Israel, sugere que as músicas de Mozart podem auxiliar na desaceleração do metabolismo de bebês prematuros, ajudando assim no ganho de peso e crescimento dos recém-nascidos.
    A pesquisa avaliou o metabolismo em descanso de 20 bebês prematuros saudáveis, baseando-se no pressuposto de que um metabolismo mais baixo auxilia no aumento de peso. Durante dois dias consecutivos, e por 30 minutos, os bebês ouviram as composições Mozart e tiveram o metabolismo medido. Da mesma forma, mediu-se o metabolismo dos bebês em outros dois dias consecutivos durante 30 minutos sem música.
    Após as análises, os pesquisadores identificaram que o metabolismo dos bebês que ouviram cerca de 30 minutos das composições de Mozart diminuiu, em média, 13%.
    Segundo os pesquisadores, grande parte das pesquisas que envolviam os efeitos que as músicas de Mozart poderiam causar eram relacionadas aos benefícios que o QI tinha por conta das músicas.
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    Fonte: Yahoo Notícias – dezembro de 2009.

    Photo Gallery
    Wolfgang Amadeus Mozart


    Mozart aos 7 anos

    Wolfgang Amadeus Mozart
       

    Casa natal de Mozart

    Piano de Mozart
       

    Cravo

    Mozart e a família


    Primeiro violino de Mozart
    Galeria Póstuma


    A "Casa da Flauta Mágica" (Zauberflötenhäuschen) está situada no bonito jardim de Mirabell, próxima do salão de músicas. É uma pequena casa de madeira onde Mozart dizia ter composto parte de sua famosa ópera. Em 1873, o príncipe Starhemberg doou o imóvel à Fundação Internacional Mozarteum, Viena, Áustria.



    Túmulo de Mozart
    Barroco
    Barroco
    A palavra barroco significa “pérola imperfeita”. Este foi um movimento estilístico ocorrido entre o fim do século XVI e o início do século XVIII, mais precisamente entre 1580 a 1756. As ideias surgidas em tal período tiveram forte ligação com o movimento conhecido como Contrarreforma, uma vez que as mesmas procuravam restabelecer a vida  cultural e econômica, em uma época de profundas e significativas indagações e agitações causadas pelo Renascimento.
    Falando especificamente da arte barroca, podemos dizer que a mesma possui características opostas à arte renascentista. Enquanto esta pregava a valorização da razão e da perfeição em cada detalhe nas obras, a arte barroca valorizava o sentimento, a emoção e o conjunto harmônico criado.
    A arte barroca surgiu na Itália, no século XVII, e se espalhou por diversos países, especialmente Espanha e Áustria. Também podemos citar o fato de o estilo não ter se propagado nos países protestantes, uma vez que o mesmo parecia estar ligado de forma clara à Igreja Católica.
    Barroco
    A temática utilizada pelos artistas deste estilo artístico estava baseada, essencialmente, na dualidade entre o humano e o divino (antropocentrismo x teocentrismo) e na subjetividade. Os artistas usavam efeitos de luz e sombra, curvas e texturas, dando uma ideia de movimento. Vale ressaltar também que a arte barroca teve certas características regionais.
    O barroco foi introduzido no Brasil no início do século XVII e exerceu uma grande importância na arquitetura, pintura e literatura brasileira. Também não podemos falar em barroco no Brasil sem citar Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, considerado um dos maiores expoentes do estilo no país.
    História do Violino
    Violino
    O violino é um dos mais agudos instrumentos musicais. Seu timbre brilhante e inconfundível o torna parte fundamental de qualquer orquestra. Talvez seja por esses motivos que muitos o chamem de o “rei dos instrumentos”.
    De fato, o mesmo surgiu entre o fim do século XVI e o início do século XVII, como uma evolução da rebec, vielle e da lyra da braccio, instrumentos que marcaram a música no fim da Idade Média e início do Renascimento. Contudo, podemos dizer que a história do violino se inicia mais cedo, quando certos instrumentos orientais, como o nefer egípcio e o r'jenn sien chinês, são criados. Tais instrumentos foram base para a criação de inúmeros outros, conforme as necessidades acústicas que iam surgindo.
    Os primeiros violinos eram fabricados na Itália. Durante muitos anos, a fabricação do instrumento ficou restrita a três famílias italianas da comuna de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Embora tenha permanecido praticamente o mesmo durante vários séculos, o violino sofreu importantes mudanças em 1782, quando seu arco, que tinha um formato côncavo, passou a ser convexo.

    segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

    Um Site Que Vc pode Afinar Seu Violino(Violin)

    http://www.get-tuned.com/online_violin_tuner.php

    sábado, 1 de dezembro de 2012

    O E-Mail do Tudo Sobre Violino é: analuisarosalia22@gmail.com ou tudosobreviolino@hotmail.com

    Grato:Tudo Sobre Violino
    vcs sabiam que o Violino é um dos instrumentos mai deficeis de tocar?

    sexta-feira, 30 de novembro de 2012

     curiosidades do mundo da música               

    Não são apenas os animes, séries e filmes que possuem “curiosidades curiosas” que podem ser contadas. Um dos assuntos que praticamente agrada a todos também tem: a música.
    Em seu mundo, já nos deparamos com diversos fatos que vão desde o surpreendente e impressionante até o bizarro e engraçado. E que tal conhecer, alguns desses fatos? E se já conhece, não custa nada relembra-los.
    musicaimagem
    Música mais longa: As Slow As Possible (Tão Lento Quanto Possível)
    Composta por John Cage, as três primeiras notas dessa música duraram 18 meses e atualmente ela ainda vem tocando. Em Halberstadt na Alemanha, inicialmente era para ser uma peça de piano que duraria cerca de 20 minutos.
    Tocada através de um órgão, vem sendo executada desde 05 de setembro de 2001, seus organizadores esperam que ela dure exatamente 639 anos. Lembrando que essa idéia não foi de John Cage já que falecera em 1992, mas sim de um grupo de filósofos e músicos que queriam levar o título da música a sério.

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    Álbum mais vendido: Thriller (Michael Jackson)
    Com vendas entre 110 e 170 milhões de cópias (estimativa de diversas fontes), Michael lançou o álbum em 1983 e mesmo após a sua morte continua vendendo. Os álbuns “Their Greatest Hits 1971-1975” de 1976 da banda Eagles (42 milhões de cópias*) e “Led Zeppelin IV” de 1971, da banda Led Zeppelin (37 milhões de cópias*) ocupam a segunda e terceira colocação, respectivamente.
    *Estimativas

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    Música mais cantada: Happy birthday to you
    Pode parecer brincadeira, mas não é. Originalmente americana e cantada em mais de 20 idiomas, foi criada em 1875 com nome “Good Morning To All”, mas em 1924 uma editora usou sua melodia e criou uma nova letra, que era muito fácil de decorar: quatro versos com apenas “Happy birthday to you”. Anos depois quando foi cantada em uma peça de teatro, a música se espalhou pelo mundo. Em 1942, o cantor Henrique Foréis Domingues promoveu um concurso para a versão brasileira dessa música. A vencedora? Bertha Celeste Homem de Mello, traduzindo a canção para “Parabéns a você

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    Artistas mais premiados: Michael Jackson e Whitney Houston
    O segundo lugar fica com a cantora da famosa canção “I Will Always Love You” que, segundo o Guinness World Records, conquistou dois prêmios Emmy, seis prêmios Grammy, 30 Billboard Music Awards, 22 American Music Awards, num um total de 415 prêmios conquistados em sua carreira até 2010. Quanto ao Rei do Pop, Michael recebeu centenas de prêmios, que fizeram dele o artista mais premiado da história da música popular com vendas que superam as 750 milhões de unidades mundialmente.

    meino-ouvindo-musica

    Música mais depressiva: Everybody Hurts (REM)

    No início desse ano, saiu uma pesquisa em que a música “Everybody Hurts” era a mais triste dos últimos tempos. Praticamente feita para quem se sente solitário, cansado, infeliz, abatido… Já não bastasse isso, tem um arranjo triste para “melhorar” a sensação.
    Um estudo mostra que músicas “tristes” fazem sete a cada dez homens chorarem e 91% das mulheres admitiram ter chorado ao ouvir uma música nesse estilo.

    Lifetitle
    Pior composição: Life (Des’ree)
    Em 2007 segundo a “6 Music” da BBC, Life, da cantora Desiree Weeks (Des’ree), foi escolhida a pior letra que uma canção poderia ter. Baseava-se numa votação em que os ouvintes opinavam sobre qual composição era a pior. Um trecho da música (traduzida):
    "Não quero ver um fantasma / É a visão de que eu mais tenho medo./ Eu preferia pegar um pedaço de torrada / Assistir as notícias da noite.”

    Rebecca Black Friday
    Pior música: Friday (Rebecca Black)
    Além dos “comuns ouvintes”, vários críticos declararam que essa era a pior música de todos os tempos. Mas antes dela surgir, a revista norte-americana Blender mostrou que a pior era “We Built This” (Starship). O vídeo de “Friday” já passava 38 milhões de visualizações no You Tube, mas a maioria dos comentários ridicularizava a canção. Infelizmente (ou felizmente) o primeiro vídeo, que no caso é o original, foi removido. Para Lady Gaga, Rebecca é “um gênio".

    LikeaRollingStone
    Melhor música: Like a Rolling Stone (Bob Dylan)
    Em 2004, segundo a revista “Rolling Stone”, essa música foi eleita a melhor de todos os tempos. Composta pelo próprio cantor foi lançada no ano de 1965. De acordo com a revista “nenhuma outra canção pop confrontou e transformou tão completamente as regras comerciais e as convenções artísticas da sua época". Foi interpretada por outros artistas, como Jimi Hendrix, Bob Marley e The Rolling Stones…

    michel_telo_ai_se_eu_te_pego_original_640
    Música mais regravada: “Ai se eu te pego” (Michel Teló) ?????
    Antes de qualquer coisa, é brincadeira. Por inúmeras versões que existem dessa música, não é a mais regravada
    Brincadeiras a parte, até hoje não existe um consenso sobre a situação. Oficialmente, “Yesterday” de Paul McCartney é considerada a mais regravada com 6 mil versões diferentes. Mas quem diga que seja “Imagine” de John Lennon ou ainda “Feelings” do brasileiro Morris Albert.
    Depois de saber sobre isso, queremos suas opiniões sobre os tópicos deste post. Qual é a melhor música? Qual você mais cantou? E a pior letra?

      

    quinta-feira, 29 de novembro de 2012



    orquestra da scar



    Partes do Violoncello(cello)




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    >>> Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741): <<<

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    Nasceu na carnavalesca Veneza a 4 de março de 1678. Não poderia ser diferente: a cidade italiana - emblematizada por máscaras coloridas, gôndolas românticas e canais melancólicos - influenciou sua obra. Filho de Giovanni Batista, Vivaldi ouviu os primeiros sons de Violino em casa. Seu pai, um músico que tocava na basílica de São Marcos, lhe ensinou os principais segredos das quatro cordas do instrumento que o imortalizaria como um dos principais gênios da música.
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    A sensibilidade de Vivaldi levou-o a preocupar-se com as coisas da alma e a optar pelo sacerdócio, como forma de se realizar. Estudou em seminários, onde também se dedicou à música. Ordenou-se padre em 1703, mas sua arte não estava em rezar missas. Pesou contra o ‘padre ruivo’ a acusação da Igreja de se ter deixado envolver, sentimentalmente, com uma de suas alunas de Violino. Enfrentou as autoridades eclesiais o quanto pôde, mas acabou desistindo da carreira. Para afastar-se do ofício, alegou problemas de saúde. Há registros de que sofria com fortes dores no peito, possivelmente provocadas por asma ou angina.
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    A partir de 1704, longe da batina, Vivaldi foi regente no conservatório de Ospedale della Pietà, um dos quatro grandes orfanatos para meninas, na cidade de Veneza que serviam, também, como escolas de música. Ali conheceu a moça por quem se apaixonou. Era Anna Giraud, inspiradora de suas óperas e tormenta de todos os seus dias, até a morte. Vivaldi passou a compor com intensidade. No conservatório de Ospedale permaneceu durante três anos. Mais tarde, voltou a trabalhar neste mesmo local, no cargo de maestro de concerto.
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    Seu mestre em composição continuava sendo o notável Giovanni Legrenzi, maestro da Capela Ducale. Os concertos para violino são os mais importantes dentro do magnífico catálogo que reúne suas obras.
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    Mas experimentou escrever também para diferentes e excêntricos instrumentos, incluindo o bandolim, sempre com muita docilidade.
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    Nunca mais conseguiu se desligar do Pietà. Mesmo estando fora da terra natal, enviava todos os meses, pelo correio, dois novos concertos para ser interpretados pelas meninas. Repetiu tal rotina durante trinta anos. Como sua capacidade de criação não se limitava a cumprir o compromisso assumido com o conservatório, escreveu além da encomenda.
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    Da sua lista de composições fazem parte 550 concertos, 350 para instrumentos solo (mais de 230 para Violino). Há ainda 40 concertos duplos, mais de 30 para solistas múltiplos e perto de 60 para orquestra sem solo, 46 óperas, 23 sinfonias.
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    A mais popular obra de Vivaldi é, certamente, As quatro estações. Na verdade, elas fazem parte de 12 concertos denominados O diálogo entre a harmonia e a criatividade. Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos, como a primavera, o verão, o outono e o inverno retratados em As quatro estações. Vivaldi escreveu também uma grande quantidade de obras sacras, entre elas a célebre Glória, especialmente composto para o casamento do rei Luiz XV. Dedicava-se com extrema paixão tanto à música sacra quanto à profana.
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    Continuava a escandalizar ao lado de Anna Giraud, cantora e ex-aluna, com quem viajava para as apresentações. Vivaldi acabou abandonando a preconceituosa Veneza, transferindo-se para Roma, Amsterdã e Viena, onde morreu a 28 de julho de 1741, aos 63 anos.
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    Não se conhece bem a biografia de Vivaldi. Em compensação, correram muitas anedotas. Por causa de seus cabelos ruivos, Vivaldi teria sido apelidado ‘o padre ruivo’. Teria sido suspenso das funções sacerdotais por abandonar o altar durante a missa para notar, na sacristia, uma bela melodia que lhe ocorrera.
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    Essas e outras anedotas são sinais da grande fama que Vivaldi gozava em vida; mas logo depois de sua morte ele e suas obras foram totalmente esquecidos. Pois Vivaldi foi principalmente compositor instrumental, e em seu tempo a Itália já quis ouvir só óperas.
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    Esse esquecimento durou cerca de duzentos anos. Sua redescoberta, por volta de 1940, deve-se a alguns musicólogos, sobretudo Marc Pincherle. A divulgação é devida ao conjunto romano I Virtuosi, dirigido por Renato Fasano, e especialmente ao discos. Vivaldi voltou a ser um dos compositores mais tocados, gozando mesmo de popularidade. A ousadia e a originalidade do compositor, ficam para sempre na história da música universal.
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    Caracterização - Vivaldi foi um dos maiores mestres do concerto grosso. Mas também já escreveu numerosos concertos para um solista com acompanhamento de orquestra de câmara. Em sua época, ainda não se conhecia a forma-sonata. A estrutura dos seus concertos é a mesma dos Concertos de Brandenburgo, de J.S.Bach, sobre o qual Vivaldi exerceu forte influência. Sua riqueza melódica é inesgotável e sua verve rítmica é irresistível. A estrutura polifônica é menos densa que a de J.S.Bach. Vivaldi foi, sem dúvida, compositor de primeira categoria, um dos grandes pioneiros da música instrumental do século XVIII. Contudo, não convém compará-lo a J.S.Bach, o maior gênio universal da música.
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    Concertos - Uma das principais obras publicadas de Vivaldi é o Estro armonico (1712), coleção de 12 concertos grossos. Seis desses concertos foram, por J.S.Bach, transcritos para órgão ou cravo, entre eles o n.º 8 em lá menor, o n.º 10 em si menor e o n.º 11 em ré menor, este último uma das mais famosas composições de Vivaldi. Dos concertos da coleção O diálogo entre a harmonia e a criatividade (1720), quatro formam o conjunto As quatro estações. Também são muito conhecidos hoje os 12 concertos grossos da coleção A extravagância, título que cabe ao bom número das obras de Vivaldi, caprichosas e altamente pessoais.
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    Dos concertos para solistas cabe mencionar o Concerto para Violino - Per l'Assunta, o Concerto para viola em ré menor, o Concerto para cravo em ré maior - Alla rustica, e muitos concertos para instrumentos de sopro, entre os quais o para oboé em fá maior. Numerosos concertos de Vivaldi ainda não foram publicados. A Biblioteca Nacional de Turim possui grande acervo de obras inéditas do mestre.
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    Música vocal - Em Turim também se encontram as partituras de 19 óperas, do belo oratório Juditha triumphans (1716) e sobretudo muita música sacra: merecem menção especial um Magnificat, um Stabat Mater e um poderoso Dixit para cinco solistas, duas orquestras e dois órgãos.
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    > O Pintassilgo <
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    Apesar do Violino ser o seu instrumento predileto, Vivaldi dedicou vários concertos aos instrumentos de sopro. Entre estes, a flauta gozava da sua mais alta estima, e a ela dedicou várias obras do gênero concertante. Uma das mais célebres é O pintassilgo, concerto incluído numa compilação de seis peças desse tipo.
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    De fato, trata-se de um arranjo para solista e orquestra de um concerto de câmara para duas flautas executado pelo próprio Vivaldi. Mas uma vez, o músico veneziano afirmou-se enquanto precursor, pois até então os instrumentos de sopro faziam parte integrante da orquestra, mais ainda não tinham sido objeto de um tratamento específico como solista. Neste sentido, foi o modelo de muitos compositores, sobretudo franceses, como La Barre, Loeillet e Blavet.
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    Por outro lado, a obra O pintassilgo (que em italiano é Il Gardellino), é mais um exemplo da grande capacidade do compositor veneziano para ilustrar com a música estímulos ou sensações de caráter extramusical. Neste concerto, abundam os recursos destinados a imitar o canto deste passarinho, tais como escalas e trinos de grande variação, que também constituem um grande desafio para os flautistas mais experientes.
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    Convém pensar, por outro lado, que essa dificuldade devia ser muito maior na época de Vivaldi, na medida em que, ao contrário da flauta atual, que possui um complexo sistema de chaves que facilita a tarefa do instrumentista, a flauta barroca possuía apenas duas ou três chaves, o que exigia um esforço e uma perícia invulgares para tocar com a afinação correta.

    As partes do violino


                                       BACH 1685-1750
    Johan Sebastien Bach fica, para a História da Música, como o maior compositor não só da sua era e do seu estilo, mas com de todos os tempos. Bach nasceu em Eisenach em 1685 numa família de músicos, sendo no entanto somente a partir deste Bach, Johan Sebastien, que o nome se tornaria universalmente famoso.  Aos dez anos Bach fica órfão de pai, passando então a estar sobre a tutela do seu irmão. Com Carl Böhm, em Ohrdruf, Bach estuda cravo, órgão, e os princípios do contraponto, sendo que em 1703 obtém o cargo de organista em Arnstadt, o qual manterá até 1707, quando vai para Muhlhausen. Vai para Weimar (onde compôs as suas melhores obras para órgão e cantatas) em 1708 e em 1716, por não ter sido nomeado Mestre de Capela nesta cidade, Bach resigna ao cargo e vai para a corte de Cöthen. Em Cöthen, onde o príncipe eleitor se interessava muito por música instrumental, Bach compõe as suas melhore obras instrumentais, entre as quais os Concertos Brandeburgueses e as Suites Orquestrais. Também aí compõe o primeiro livro do Cravo Bem Temperado e outras das suas melhores peças para cravo. Em 1723 é nomeado Mestre de Capela em Leipzig, na Igreja de São Tomás. Acontece que com o decrescente interesse pela sua música em Cöthen, Bach desistira do seu posto na corte. E seria em São Tomás que Bach ficaria para o resto da sua vida, compondo lá obras de tanta importância como as Variações Golodberg, a Oratória de Natal ou a Arte da Fuga.
    A música de Bach é realmente inspirada por Deus. Ouvindo as suas paixões, a de S. Mateus e a de S. João, apercebemo-nos que para além de um inimaginável esforço e trabalho de Bach, está uma inspiração fora do comum, e que nas obras religiosas adquire uma expressão mais emotiva e liberta. Muita da melhor música de Bach é religiosa, tanto não seja por ter utilizado uma maior parte das suas capacidades na sua composição. O espolio de  cantatas é imenso, e ainda restam as paixões, e a Oratória de Natal.
    Mas ainda devemos contar com a música orquestral de Bach, que apesar de ser em menor quantidade, é de igual importância, principalmente os Concertos Brandeburgueses. Como já foi dito, foi em Cöthen que Bach compôs a maior parte deste género de música, e dela constam sonatas, partitas, concertos e aberturas francesas. As sonatas de Bach são das mais belas do barroco, de igual nível das de Corelli, mas a perfeição é atingida nas partitas para violino. Com efeito, Bach é o principal compositor alemão para violino do seu tempo. Na obra concertante, é de se notar que é com Bach que esta forma adquire a sua forma mais perfeita, principalmente no terceiro concerto brandeburguês. Os instrumentos solistas e a orquestra dialogam na maior perfeição, e tudo isto graças à maestria de Bach sobre o contraponto e a sua incansável inventividade melódica e emotividade. A suas aberturas contêm alguns dos mais famosos trechos orquestrais da História da Música, e estão ao nível das paixões ou dos concertos. 
    Para o fim da sua vida, Bach comporia menos, e neste período começou a cegar, compondo ainda as Suites para Violoncelo, hoje consideradas como a prova de fogo de qualquer grande intérprete deste instrumento. Cegaria completamente em 1750, e nesse mesmo ano morreria em  Leipzig.
    Apesar da sua grande genialidade, só a partir do revivalismo da sua música (em 1825, com a paixão de S. João, dirigida por Shumman) é que este grande compositor se tornou verdadeiramente conhecido.
    A sua obra só em 1850 é que começou a ser sistematicamente publicada, e tal não aconteceu em vida, talvez por Bach ter sido o último dos compositores a não se preocupar com o futuro da sua obra.